Monday, January 28, 2008

Da cidade de São Miguel do Gostoso-RN

Mas quem vai para lá também é para ficar fora de área e temporariamente desligado...

Wednesday, January 23, 2008

Do amor (ou da paixão?)

"O caráter do verdadeiro amor oferece constantes similitudes com a infância: tem dela a irreflexão, a imprudência, a dissipação, o riso e as lágrimas"
Balzac, in: As Ilusões Perdidas

Wednesday, January 16, 2008

Da tentação

As festas e reuniões familiares na casa de tio Lula são conhecidas pela fartura de guloseimas feitas, a maioria, por ele próprio. Ele sai da cozinha com aquele rostinho bonachão trazendo até a varanda do seu belo apê- onde a família costuma se concentrar - nada menos do que churrasquinho, rosca salgada (depois embrulhadas em papel alumínio para nós), bobó de camarão, pãozinho de alho, picanha. Tudo, assim, de uma vez só. Fora a infinidade de chocolates, biscoitos e tortas que ele compra, dispostos numa fileira capaz de aniquilar qualquer dieta. Assim, a casa de Tio Lula é sinônimo de deleite ou desespero. Tudo depende da sua relação com o ponteiro da balança. É aí que entra a nossa personagem de hoje, Quel, minha irmã. Recém-chegada em Recife, seguiu para a casa do nosso querido e cozinheiro tio. "Putz, não posso exagerar tanto. Vou comer um pouco, o normal, mas depois escovos os dentes para não comer mais nada", pensou a esbelta Quel não sei porquê preocupada com a balança. No corpitcho dela, eu teria optado pelo deleite sem culpa. Colocou as poderosas escova e pasta de dentes na bolsa, "objetos-escudo", anti-celulites e gordurinhas póstumas. Resultado: ela escovou os dentes 11 vezes.
Quem é da nossa família entende, Quequel.

Friday, January 04, 2008

Da(quela) Saudade

Quando ela vem assim... rasgando... tudo fica tão sem sentido. O aperto no peito, sintoma de angústia, e só uma vontade de gritar, pedir um sinal que seja, além da matéria. Não posso mais ouvir teu riso, teus conselhos, nem a esperteza das réplicas afiadas como um estilete. Não posso mais ver as miçangas deslizando no fio do colar, a mão alisando o suor da testa e, em seguida, sobre a boca... nem - nunca mais - você deitada ao meu lado, no chão do quarto de TV, naquela hora que o soninho vem à tarde. Abrir os olhos e te ver, de conchinha, foi um suspiro de alívio depois de um sonho ruim... Só resta imaginar como você, hoje, agiria, o que diria, a expressão que seria... mas dói tanto sem nada a se agarrar, pegar, tocar. Só lembrar, lembrar tira o sono e o chão. Tão bom seria saber que você pode ainda ver tudo que de feliz está acontecendo. Um sinal ao menos podia... tipo latinhas de cerveja reluzindo nas nuvens e chuvinha de restinhos de cigarro...
Que falta você me faz.